quinta-feira, 14 de maio de 2009


LIVRO ELETRÔNICO

Ler um livro em voz alta pode ser considerado pirataria? O novo aparelho que reproduz livros eletrônicos da Amazon, o Kindle 2, tem gerado polêmica no mercado editorial norte-americano desde seu lançamento por causa de uma função que faz algo parecido com uma leitura ‘robótica’ dos livros eletrônicos.

A ferramenta, que está na segunda versão, é uma espécie de “iPod dos livros”. O Kindle 2 reproduz na tela uma versão eletrônica de um livro comprado pelo usuário no próprio site da Amazon.com.

Como gadget também é capaz de “ler” em voz alta o texto do e-book, isso causou controvérsia entre editores e agentes literários nos EUA. De acordo com o Wall Street Journal, o presidente do sindicato dos autores, Paul Aiken, afirmou que comprar o livro eletrônico e instalar no aparelho não dá ao usuário o direito de ouvi-lo em voz alta, em áudio. Segundo ele, essa reprodução configura “um direito de reprodução auditiva, que está previsto na lei de direitos autorais”.

O jornal também informou que um porta-voz da Amazon ressaltou que a função do Kindle 2 que “lê” o livro usa uma tecnologia automática que apenas transforma texto em áudio, e que os ouvintes não irão confundir esse tipo de ferramenta com a experiência proporcionada por um “audiobook”, que é a gravação de uma leitura feita por um narrador humano.

De acordo com o advogado Rony Vainzof, especializado em direito eletrônico e autor de livros sobre o tema, no Brasil uma situação como essa dificilmente caracterizaria violação dos direitos autorais. “Apesar de a lei prever que qualquer transformação não-autorizada na obra poderia caracterizar infração de um direito, num caso como esse a lei de direitos autorais entraria em contraposição com as leis que preveem acessibilidade para deficientes visuais, por exemplo”, explicou.

Para Vainzof, a questão depende das permissões contidas no contrato entre o autor da obra e o vendedor dela - no caso, a Amazon. Segundo ele, “se o contrato tiver uma cláusula [que permita a reprodução em áudio] isso anula a questão”.

Fonte: O Estadão

domingo, 10 de maio de 2009




Caminhões do futuro, os reis da estrada na era da tecnologia por Ricardo Panessa

Fonte:Icarros

O mundo vem presenciando crescimento sem precedentes do volume de transporte internacional ao longo das últimas décadas, que reflete tanto o crescimento da economia global como o aumento de viagens pessoais para negócios e lazer.

Normalmente todos os embarques internacionais requerem o uso de mais de um meio de transporte da origem até o destino final. Por isso, embora o transporte não possa reivindicar responsabilidade exclusiva pelo sucesso da globalização econômica, ele permanece sendo fator essencial para o desenvolvimento de todos os países. Enquanto algumas empresas investem em locais estrangeiros com a expectativa de poderem confiar nos serviços de transporte internacional, outras desenvolvem veículos de transporte mais eficientes.

Além dos transportes aéreo, marítimo e ferroviário, no futuro os caminhões continuarão a mover produtos de seus pontos de origem para centros de transporte, de onde seguirão para distribuição aos pontos finais de entrega. A integração econômica regional, especialmente na América do Norte e na Europa, está gerando crescente confiança no transporte internacional por caminhões. Serão necessários investimentos em novas tecnologias para controlar os custos e aprimorar os níveis de serviço, assim como o desenvolvimento de caminhões mais práticos e eficientes em todos os aspectos.

Mastodontes customizados
Como a herança dos caminhões bicudos do século XX pode ser legada ao século XXI? Desenhistas das mais diversas marcas já fizeram estudos conceituais para duas ou três gerações futuras dos reis da estrada. A Scania, Mercedes-Benz, Volvo e Renault estão entre as marcas que mais investem em projetos de caminhões para o futuro. Para a maioria, a primeira fonte de inspiração nos estudos dos novos modelos foi a cultura de personalização, tão em voga nos Estados Unidos e na Europa, quanto no Brasil. A Scania apresentou na feira de transportes IAA de 2004, em Hanover, um estudo em escala natural do funcionalismo para os motoristas do futuro que pensam viver nos próprios caminhões. As longas viagens de 8 mil quilômetros de distância e duas semanas de duração exigirão um outro tipo de conforto, funcionalidade e segurança. Os fabricantes de caminhões têm de renovar a concepção do espaço interior da cabina, sua utilização e decoração.

O objetivo da nova disposição do espaço interno da cabina é dar ao motorista melhores condições de descanso, depois de um longo período na direção. Tudo isso contribui mais ainda para a segurança ativa. O espaço para o motorista fica maior e o dormitório é mais acessível. A cama pode ter colchão de molas e boa altura para sentar. Pela manhã, a cama pode ser desarmada e embutida. Nesse espaço, o motorista pode fazer refeições sentado à mesa e descansar. A televisão com DVD, embutida na parede, garante o entretenimento, em qualquer localização geográfica.

O maravilhoso mundo dos sensores
Obviamente o trem de força dos brutos estarão otimizados, com motores mais potentes, mais duráveis, mais econômicos e menos poluentes. Os níveis de eletroeletrônica embarcada serão altíssimos, assim como ocorre com os automóveis. No Beevan, projeto conceitual da Volvo, o assento do motorista foi colocado no centro da cabine, rodeado por um pára-brisa envolvente de 180 graus e uma série de monitores ligados a câmeras que possibilitam uma completa visão lateral e posterior. Os degraus são retráteis, que se abrem para dar acesso ao interior da cabine, e as portas são deslizantes. Para facilitar a vida do motorista, seu assento gira para o lado da porta quando ela é aberta.

Os projetos dos caminhões modernos prevêem principalmente uma completa gama de sistemas eletrônicos de segurança, como sensor que alerta quando o veículo troca de faixa, sensores de aproximação de outros veículos ou obstáculos e monitores que detectam se o motorista adormecer ao volante. O modelo da Scania inclui uma câmera para ler e registrar o movimento dos olhos do motorista. Se ele cochilar, será despertado por meio de sinais luminosos, sonoros e até vibrações no banco. Câmeras instaladas na frente, nas laterais e na traseira vão registrar áreas com ângulos cegos, que não são alcançados pelos retrovisores. As imagens aparecem em telas de cristal líquido no painel do veículo. E, principalmente, os freios nas rodas dos caminhões do futuro serão acionados automaticamente toda vez que o motorista não obedecer a uma distância segura em relação ao veículo da frente.

domingo, 3 de maio de 2009